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sexta-feira, 25 de março de 2011

CONFINAMENTO INTENSIVO ANIMAL!


No Brasil, dezenas de milhares de galinhas poedeiras estão aglomeradas em pequenas clausuras de arame conhecidas como gaiolas em bateria. Espaços são tão apertados que as galinhas confinadas são impedidas de desenvolver muitos comportamentos naturais importantes, inclusive andar, empoleirar-se, tomar banho de poeira, fazer ninhos, e até mesmo esticar as asas. As práticas da indústria padrão, como a retirada de parte do bico sem anestésico e a muda forçada das galinhas pela privação de alimento, causam significativa dor nas aves.


Além dos danos físicos, incluindo quebra ou fraqueza dos ossos, perda de penas e doenças, elas também sofrem estresse psicológico.


No Brasil, mais de 1 ½ milhão de matrizes (porcas fêmeas) são tratadas como unidades produtoras de leitões em meios industriais. Essas matrizes sofrem com os rápidos ciclos de fecundação, gestação e amamentação. Durante a gestação de quatro meses, elas são mantidas em celas de gestação, baias de metal individuais com apenas 0.6 metros (60 cm) de largura por 2.1 metros de comprimento, espaços tão pequenos que os animais não conseguem se virar. Logo após o parto, elas são transferidas para celas de parição igualmente restritivas.


Matrizes confinadas em celas não são capazes de ter comportamentos naturais importantes, tais como fuçar, revolver a terra, construir ninhos, pastar, espojar-se, e socializar. Como resultado do confinamento intensivo, elas sofrem estresse psicológico assim como inúmeros danos físicos, incluindo infecções urinárias, enfraquecimento dos ossos, crescimento exagerado dos cascos, e debilidade.


Fonte: http://www.confinamentoanimal.org.br

quarta-feira, 23 de março de 2011

Cidades brasileiras sem água até 2015

Agência Nacional de Águas prevê que 55% das cidades terão déficit no abastecimento


O cenário mapeado pelo Atlas Brasil - Abastecimento Urbano de Água, levantamento inédito coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), é assustador se investimentos não forem realizados no setor com urgência. Até 2015, 55% das cidades brasileiras terão déficit no abastecimento de água. Com um detalhe extra: desse total, 84% necessitam de investimentos para adequação de seus sistemas produtores e 16% precisam de novos mananciais. Ao todo, o País possui 5.565 municípios.

O levantamento reúne informações detalhadas sobre a situação de todas essas cidades, com relação a várias demandas urbanas, entre elas a disponibilidade hídrica dos mananciais, a capacidade dos sistemas de produção de água e dos serviços de coleta e tratamento de esgotos. O Atlas revela que 3.059, ou 55% dos municípios, que respondem por 73% da demanda por água do País, precisam de investimentos prioritários que totalizam R$ 22,2 bilhões. As obras nos mananciais e nos sistemas de produção são fundamentais para evitar déficit no fornecimento de água nas localidades indicadas, que em 2025 vão concentrar 139 milhões de habitantes. Ou seja, 72% da população. Se concluídas até 2015, as obras podem garantir o abastecimento por mais 10 anos (2025).

O Norte e o Nordeste possuem, relativamente, as maiores necessidades de investimentos em sistemas produtores de água (mais de 59% das sedes urbanas). Chama a atenção a precariedade dos pequenos sistemas de abastecimento de água do Norte, a escassez hídrica no Semiárido e a baixa disponibilidade de água das bacias hidrográficas litorâneas do Nordeste. No Sudeste, os principais problemas decorrem da elevada concentração urbana e da complexidade dos sistemas produtores de abastecimento, que motivam, muitas vezes, disputas pelas mesmas fontes hídricas.

Diante do resultado de cada um dos municípios brasileiros, a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira diz que a ideia é uma só. “O que estamos propondo é a ação articulada e integrada entre União, Estados e Municípios, e entre os setores de recursos hídricos e de saneamento, para o sucesso das alternativas, das quais dependem, em grande parte, a sustentabilidade urbana, econômica e ambiental das cidades, grandes e pequenas.

A experiência adquirida na construção do Atlas Brasil de Abastecimento Urbano de Água leva-nos a pensar em propostas ainda mais ousadas, como um Atlas da Universalização do Abastecimento de Água, atendendo também as comunidades isoladas dos nossos municípios, em sintonia com as diretrizes da Presidente Dilma Rousseff, de priorizar o combate à miséria extrema no Brasil”, disse.

Raio X

Juntos, Nordeste e Sudeste demandam 74% do total dos investimentos necessários, que equivalem a R$ 16,5 bilhões que seriam destinados a 2.076 municípios. Essas duas regiões requerem grande volume de investimentos devido ao maior número de aglomerados urbanos e por causa do Semiárido, que demanda grandes esforços para a garantia hídrica do abastecimento de água.

Do total dos recursos, 51% correspondem à adoção de novos mananciais (R$ 11,3 bilhões para 703 municípios), incluindo a conexão de atuais sistemas isolados a sistemas integrados, enquanto 49% restantes (R$ 10,9 bilhões) destinam-se à ampliação de sistemas de produção de água existentes (isolados ou integrados) para 2.356 sedes urbanas.

“O Atlas Brasil é estudo alicerçado na garantia de que as informações e propostas apresentadas são fruto de amplo consenso, alinhado entre representantes dos prestadores de serviços de abastecimento de água, órgãos de gestão dos recursos hídricos, Comitês e Agências de Bacias Hidrográficas, entre outras entidades municipais, estaduais e federais vinculadas aos setores de recursos hídricos e saneamento, que traz não apenas as soluções, mas formas de financiamento das obras propostas”, disse o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu.

O Atlas propõe a implantação de redes coletoras e Estações de Tratamento de Esgotos (ETE) em municípios onde o lançamento de efluentes (esgotos sanitários) tem potencial para poluir mananciais de captação. Para isso, seriam necessários investimento adicionais de R$ 47,8 bilhões, sendo R$ 40,8 bilhões em sistemas de coleta e R$ 7 bilhões em tratamento de esgotos. Os problemas associados à poluição hídrica são mais evidentes nos grandes aglomerados de municípios, devido à pressão das ocupações urbanas sobre os mananciais de abastecimento público. Os lançamentos de esgotos sem tratamento dos municípios localizados rio acima influenciam diretamente na qualidade das águas das captações rio abaixo.

Na Região Sudeste, muitos problemas de abastecimento decorrem da elevada concentração urbana. A agência vai colocar o atlas à disposição do público no endereço www.ana.gov.br/atlas.


Fonte: http://eptv.globo.com

terça-feira, 22 de março de 2011

SEMANA DA ÁGUA SEM ÁGUA


Mais da metade dos municípios pode enfrentar falta de água, diz agência.


ANA calcula que 55% podem ter desabastecimento até 2015 no país.
Para garantir suprimento, seria necessário investir R$ 70 bilhões até 2025.

Um atlas a ser lançado nesta terça-feira (22) pelo governo federal aponta que mais da metade dos municípios brasileiros pode ter problemas de abastecimento de água até 2015.

De acordo com a obra, produzida pela Agência Nacional de Águas, subordinada ao Ministério do Meio Ambiente, 55% dos 5.565 municípios do país podem sofrer desabastecimento nos próximos quatro anos. O número equivale a 73% da demanda de água no país.

Ainda de acordo com a publicação, “a maior parte dos problemas de abastecimento urbano no país está relacionada com a capacidade dos sistemas de produção” - 84% das sedes urbanas necessitam investimentos para adequação de seus sistemas produtores de água e 16% apresentam déficits decorrentes dos mananciais utilizados.

O atlas usa uma projeção de que o país terá um incremento demográfico de aproximadamente 45 milhões de habitantes entre 2005 e 2025. Isso implica num considerável aumento da demanda de abastecimento urbano, exigindo aportes adicionais de 137 mil litros por segundo de água nesses 20 anos, conclui a ANA.

Para contornar essa dificuldade, seriam necessários investimentos de R$ 22,2 bilhões até 2025 na ampliação e adequação de sistemas produtores ou no aproveitamento de novos mananciais, calcula a agência.

"A maioria dos municípios brasileiros apresenta algum grau de comprometimento da qualidade
das águas dos mananciais, exigindo aportes de investimentos na proteção das captações. Desse modo, foram recomendados no atlas R$ 47,8 bilhões de investimentos em coleta e
tratamento de esgotos nos municípios localizados à montante (rio acima) das captações com indicativosde poluição hídrica", diz o livro.

O total de investimentos propostos em ampliação e melhoria dos sistemas de água e esgotos é de R$ 70,0 bilhões.

Estado atual

A capacidade total dos sistemas produtores de água em operação no país é de
aproximadamente 587 mil litros por segundo, bastante próxima às demandas máximas atuais, que gira em torno de 543 mil litros por segundo. Isso implica que grande parte das unidades está no limite de sua capacidade operacional. A região Sudeste apresenta 51% da capacidade instalada de produção de água, seguida das regiões Nordeste (21%), Sul (15%), Norte (7%) e Centro-Oeste (6%);

As Regiões Norte e Nordeste são as que possuem, proporcionalmente, as maiores necessidades de investimentos em sistemas produtores de água - mais de 59% das sedes urbanas. Entre os problemas dessas regiões destacam-se a precariedade dos pequenos sistemas de abastecimento de água do Norte, a escassez da porção semiárida e a baixa disponibilidade de água das bacias hidrográficas litorâneas do Nordeste.

Na Região Sudeste, muitos problemas de abastecimento decorrem da elevada concentração urbana. A agência vai colocar o atlas à disposição do público no endereço www.ana.gov.br/atlas.

FONTE:g1.com